terça-feira, 22 de março de 2011

O melhor da amizade.

"Para um cão, você não precisa de carrões, de
grandes casas ou roupas de marca. Símbolos 
de status não significam nada para ele. Um 
graveto já está ótimo. Um cachorro não se 
importa se você é rico ou pobre, inteligente ou 
idiota, esperto ou burro. Um cão não julga os 
outros por sua cor, credo ou classe, mas 
por quem são por dentro. Dê seu coração a 
ele, e ele lhe dará o dele. É realmente muito 
simples, mas, mesmo assim, nós humanos, tão 
mais sábios e sofisticados, sempre tivemos 
problemas para descobrir o que realmente 
importa. De quantas pessoas você pode falar 
isso? Quantas pessoas fazem você se sentir 
raro, puro e especial? Quantas pessoas fazem
você se sentir extraordinário?"



John Grogan







terça-feira, 8 de março de 2011

Técnicas para distrair a depressão

Amigos, a Revista Vida Simples, em sua edição de fevereiro trouxe algumas técnicas e táticas de como distrair a depressão.
Algumas dessas atividades podem ser simples, ou até meio sem graça - no início- mas quando se pega a prática, o jeito, e o costume, é um ótimo passa-tempo. Faça você também.

Por que não:

1) Cantar
2) Brincar com os Fios - trabalhos artesanais, quando se é bom, até ganhamos um pequeno money. Certo?
3) Sapatear - Quantos de nós sabemos dançar? Ou melhor, sapatear? Pois é, atividade antiga, mas que quando bem feita, todos reconhecem seu valor Tente!
4) Mexer com a terra: Olha, eu não gostava nenhum pouco de ir no jardim mexer nas plantas dos meus pais, mas agora, depois de um trabalho da faculdade, me amarro plantar, podar e ir ali bater um papo com elas. As meninas fazem voc~e relaxar mesmo, Plante-as!
5) Leitura: sim, pode ser uma tarefa árdua e complicado no início, mas depois, vai ler que é uma beleza qualquer coisa. Comece com contos de seus interesse, quadrinhos, e depois se arrisque nos nossos escritores. E claro, depois, vá pra foras, e busque os internacionais. Boa leitura!
5) Música - Coloque mais música no dia, tente escutar mais, e compreender a mensagem de algumas, tente a sorte com um radinho de pilha R$1,99.


Ter senso de humor hoje é fundamental, vamos correr atrás de nossa saúde, diversão, amor antes que nosso corpo desista de nós mesmos.
Boa sorte povo.
o/

Um pouco da vida

um texto bom e gostoso sobreo Homero e suas obras, faz bem ler, curtir ele, e saber quem foi o tão famoso da literatura, aqui vai um texto gostoso e fácil da  REVISTA Vida Simples, Ed: Abril.
Boa leitura.


A Odisseia

No grande poema épico, Ulisses precisa enfrentar as artimanhas do destino com duas armas: a engenhosidade e a teimosia de viver

texto José Francisco Botelho | ilustração Estúdio Area | design Rita Carval


Na raiz da cultura ocidental (daquilo que somos, pensamos, lemos e escrevemos) existe um mistério chamado Homero. Mais que um personagem histórico, esse nome conjura um símbolo que nos alimenta e uma cifra que nos desafia – uma confluência de significados e sensações, tão vastos e indefiníveis quanto as palavras “humanidade” e “poesia”. Figura gigantesca, ubíqua, fantasticamente imprecisa, ele deixou um legado que transcende conceitos, atordoa a história e estonteia a literatura.

Apesar do traço de gênio que unifica a Ilíada e a Odisseia, estudiosos modernos afirmam que Homero jamais existiu, ou o multiplicam até a aniquilação: os poemas a ele atribuídos seriam obra de gerações de bardos da Idade do Bronze, transcritas em eras menos iletradas por escribas igualmente desconhecidos. Assim como Ulisses, Homero pode ter sido muitos, e pode ter sido ninguém.

Nos últimos três séculos, negar Homero se tornou um dileto esporte intelectual, quase um clichê erudito: um escândalo hoje tão inócuo quanto pintar bigodes em reproduções da Mona Lisa. Ainda assim, gerações consecutivas de leitores continuam a perceber ou a imaginar o vulto descomunal de uma única mente por trás da Ilíada e da Odisseia. Homero pode ser uma criação coletiva de todos os seus leitores em todas eras – e talvez por isso mesmo seja um autor infi nito, cujo apelo vai ao cerne da imaginação humana, lá onde os juízos dos críticos e as elucubrações dos arqueólogos têm pouca ou nenhuma importância.

Homero é, acima de tudo, o supremo escritor imaginativo, capaz de criar seu próprio mundo e impô-lo à realidade com selvagem maestria – conforme notou seu mais brilhante tradutor, o inglês Alexander Pope. “A faculdade inventiva de Homero continua até hoje sem rivais”, escreveu Pope em 1713, no prefácio a sua magnífi ca tradução da Ilíada. “E é a capacidade de invenção, em seus diversos graus, que distingue todos os gênios: nem a máxima extensão do estudo, do aprendizado e do labor humanos – que abarcam todo o resto – pode competir com isso.”

Homero 
Que ele tenha existido de fato ou não, hoje é apenas um detalhe a ser especulado por eruditos. Mas a potência épica dos versos atribuídos a Homero ainda hoje ressoa na melhor poesia ocidental.

O mendigo cegoDesconstruir Homero é uma obsessão moderna – os antigos gregos (mais bem resolvidos que nós) não tinham problemas em aceitar a existência do grande gênio fundador. De acordo com a lenda, o poeta teria vivido menos de 200 anos após o saque de Troia, tradicionalmente datado em 1184 a.C. Uma das versões mais difundidas de sua biografi a afi rma que ele nasceu em Esmirna, na Ásia Menor (atual Turquia), às margens do rio Meles. Seu verdadeiro nome seria Melesígenes – uma referência ao local de nascimento. Ainda jovem, Melesígenes aprendeu a cantar versos; e, na mesma época, perdeu a visão.

Cego, pobre e cheio de ideias, ele se tornou um aedo: espécie de bardo itinerante, que dependia da generosidade de sua audiência para ganhar teto e comida. Levou uma vida de memoráveis desventuras e miserável heroísmo. Durante uma viagem à Ciméria (atual Cáucaso), teria ganhado o apelido zombeteiro de homeros – que, no dialeto local, significava “mendigo cego”. Por desforra, Melesígenes adotou a alcunha e tornou-a imortal. Ainda em vida, ganhou fama como o bardo mais talentoso da Grécia, graças, principalmente, a seus relatos sobre a guerra de Troia e as jornadas de Ulisses.

Se Homero realmente viveu no século 10 a.C., então seus poemas foram compostos e transmitidos oralmente, pois na época os gregos eram iletrados. É possível, por outro lado, que o grande bardo tenha vivido no século 8 a.C., quando os gregos desenvolveram um sistema de escrita baseado no alfabeto fenício. Alguns sugerem que, sendo cego, ele tenha ditado seus versos a um ajudante – como faria, milênios depois, o igualmente cego John Milton ao compor outro épico inesquecível, Paraíso Perdido. Seja como for, a Ilíada e a Odisseia chegaram ao período clássico da Grécia (o século 5 a.C., época de Péricles e Platão) devidamente transcritas em pergaminhos de papiro. Cultuadas e imitadas no Império Romano, as epopeias homéricas desapareceram da Europa após as invasões bárbaras. Foram preservadas pelos eruditos de Bizâncio e só voltaram a desembarcar em solo europeu dez séculos depois. Para chegar até nós, os dois poemas máximos do Ocidente viveram jornadas dignas de Ulisses – o mais emblemático personagem de Homero e o mais radical viajante da literatura ocidental.