segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Para entrar no ritmo das aulas

Agora estou na vipe de mostrar o que os outros escrevem, pra não perder esse costume: look,
vale a pena, ajuda mesmo.


Agora não tem mais desculpa! Quem anda com aquela ressaquinha pós-férias precisa dar um jeito de retomar o ritmo… Claro que depois de dois meses dormindo e acordando tarde, sem grandes responsabilidades, podendo sair quando quer e com todo o tempo disponível para descansar, é difícil mesmo voltar a acordar cedo e esquematizar o dia para dar conta de todas as obrigações. Mas é só se empenhar um pouco que você consegue!
O primeiro passo é tentar regularizar o sono. E boa parte dessa higiene mental depende apenas da sua força de vontade. Em vez de ficar se distraindo no computador, jogando videogame ou vendo TV, estabeleça um horário que garanta, pelo menos, oito horas de sono até o momento que você precisa se levantar (sem ficar atrasado!). No mínimo uma hora antes do horário de ir para a cama, desligue os aparelhos eletrônicos. É um jeito de deixar seu cérebro ir se acalmando e entender que, logo, terá de descansar mesmo. Outra dica é evitar exercícios físicos pelo menos duas horas antes de ir para cama. A atividade física libera substâncias no organismo que nos fazem superbem, mas acabam nos deixando “ligados”. Aí não dá para dormir mesmo!
No dia seguinte, nada de ficar se enrolando na cama. Assim que o despertador tocar, você tem de se levantar. Se o sono for insuportável durante o dia, tire uma soneca à tarde para compensar. Mas nada de exageros! Se você dormir mais de uma hora e meia, vai ser mais difícil sentir sono à noite… E aí o ciclo recomeça: você dorme muito tarde, tem dificuldade para acordar cedo no dia seguinte, sente sono o dia inteiro, dorme à tarde…
E vamos usar o bom senso, né?! Balada durante a semana é uma bela roubada para quem pretende levar a escola a sério. Uma noite em que você tenha privação de sono é capaz de arruinar o resto da semana. Não tem essa de que dá para aguentar bem até o final de semana para tirar o atraso. Seu cérebro vai funcionar mais devagar enquanto você estiver privado de sono, o aprendizado vai ficar prejudicado, seu corpo vai se ressentir e ficar molenga… Não é melhor esperar a sexta-feira ou o sábado para sair? Aí, no dia seguinte, dá para dormir mais! Só não vale pesar a mão e começar tudo de novo. Se você se levantar às quatro da tarde no domingo, vai ser difícil dormir cedo e acordar disposto na segunda-feira, não é mesmo?

Fonte: 

Jairo Bouer

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Fábula do Porco Espinho

Nada melhor que uma história para contar, coisa de professor, né?


Olhem

Durante a era glacial, muitos animais
morriam por causa do frio.
Os porcos-espinhos, percebendo a situação,
resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam
e se protegiam mutuamente; mas, os espinhos de cada
um feriam os companheiros mais próximos,
justamente os que ofereciam maior calor.
Por isso decidiram afastar-se uns dos outros
e voltaram a morrer congelados.

Então precisavam fazer uma escolha:
ou desapareceriam da Terra ou aceitavam
os espinhos dos companheiros.
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.
Aprenderam assim a conviver
com as pequenas feridas que a relação
com uma pessoa muito próxima podia causar,
já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram!

Moral da História:

O melhor relacionamento não é aquele
que une
pessoas perfeitas, mas aquele
onde cada um aprende
a conviver com os defeitos do outro
e consegue admirar suas qualidades. A vida é feita de escolhas...e vc, vai escolher o quê ?!

Xô bagunça, isso ae, xô com vontade

Então, estava arrumando o armário, e aí, pensei, como arrumar, só uma pessoas, ou coisas sabe: Google!
 Taquei, li a matéria, e aí pra vocês.

:D


Xô, bagunça!

Para deixar a desorganização de lado e manter tudo no lugar
PROGRAMAS para administrar o computador
LIVROS cheios de ideias para arrumar a casa
DICAS PARA CUIDAR (de verdade) das finanças
COMO ENSINAR as crianças a serem organizadas

Edição Roberta De Lucca


Um novo ano sempre traz uma sensação de renovação e, embalada por ela, a maioria das pessoas faz o de sempre: projetos para mudar o que não foi bom e outros tantos para realizar desejos não concretizados. Antes de escrever na lista de planos para 2011, observe como está a sua casa, o seu ambiente de trabalho. Seja honesto e diga se dá para mudar a vida, se os ambientes em que você passa mais tempo não estão preparados para as novidades a que você se propõe. É um pouco contraditório tentar renovar a rotina quando o lugar em que vivemos está bagunçado. Especialistas como norte-americana Donna Smallin, autora dos livros Organize-se e Organize-se Num Minuto (Editora Gente), defendem que o objetivo da organização “é criar mais tempo e espaço para as pessoas se dedicarem ao que realmente importa”. Em outras palavras, quando se tem o hábito de deixar as coisas no lugar e em ordem, não se perde tempo tentando encontrar algo que não lembramos onde está e sobram horas para a diversão e o lazer. É simples assim, mesmo. Nos livros de Donna, há centenas de dicas que até a pessoa mais desorganizada pode adotar. Escolha um ambiente e arrume-o um pouco a cada dia caso não possa fazer tudo de uma vez. Comece pelas gavetas, em seguida ataque os armários e assim por diante. Tudo em ordem, vá para outro cômodo. Depois que a casa estiver arrumada, é só manter, adotando o costume de guardar as coisas no devido lugar o quanto antes e outros truques ensinados por Donna. Para não pagar contas com atraso, por exemplo, deixe uma pequena caixa sobre a mesa da sala ou do escritório e sempre deposite ali a correspondência. Antes de “levantar acampamento” para ir dormir, arrume as almofadas do sofá, leve os copos sujos para a cozinha. Crie hábitos e em pouco tempo eles serão automáticos. Afinal, 2011 está aí. Roberta De Lucca

Simples, mas de efeito
Às vezes, as pessoas são bagunçadas porque não têm método. E ter um método não é ser maníaco pela ordem, mas questão de saber por onde começar e como fazer. Um dos sistemas mais eficazes para organizar os afazeres é o Getting Things Done (GTD), criado pelo consultor norte-americano David Allen e divulgado no livro A Arte de Fazer Acontecer (Editora Campus). Ele ensina, sem complicações, a deixar as coisas e a vida nos trinques.

>> No dia a dia, é preciso tirar da mente todas as tarefas a serem feitas, relacionando-as em algum lugar, seja um bloco de anotações, seja um programa de computador. Assim, o cérebro se livra do peso de ter de lembrar das prioridades e abre espaço para trabalhar, solucionar problemas ou ter boas ideias.

>> Em vez de executar as tarefas por ordem de prioridade, o GTD aconselha a separá-las por tipo. O ideal é criar listas agrupando contas a pagar, compras a fazer, reuniões, projetos e relatórios a serem entregues, por exemplo.

>> Tarefas que levem menos de dois minutos devem ser feitas imediatamente. Grandes projetos precisam de planejamento prévio. Pense no que deseja alcançar e relacione todas as fases a serem percorridas até chegar ao seu objetivo.

>> O GTD estabelece cinco etapas de organização: Coleta, Processamento, Organização, Revisão e Execução. Primeiro colete, relacione o que está pendente. Depois pense no que precisa ser feito e organize cada coisa. Em seguida, vem a fase da revisão, em que você escolhe se fará a tarefa na hora, se vai pedir que alguém a faça, se vai adiar ou estabelecer um prazo. Por fim, a tarefa é executada. Ainá Vietro.



FONTE: revista VIDA SIMPLES
http://vidasimples.abril.com.br/edicoes/099/guia/xo-bagunca-612416.shtml

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Beijei alguém do mesmo sexo, e aí?

Estava lendo o meu horóscopo, e em meio as leituras, vi um artigo, no rodapé da mesma página sobre "beijar alguém do mesmo sexo". Achei muito interessante o modo de como a autora escreve e passa a mensagem.


"Antes de sermos hetero ou homossexuais, somos seres humanos. Não queira em sua vida o que não é bom para você, mas aceite as diferenças. Afinal, todo preconceito é fruto da ignorância porque rejeitamos e tememos o que não conhecemos".


"Somos seres constituídos pela mudança e precisamos aceitar a correnteza da vida, nadando ao seu favor, pois é o novo que nos faz seguir adiante."


Palavras de Clarice Lispector: "Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento".

Entre aqui >  http://www.personare.com.br/revista/amor/materia/1197/beijei-alguem-do-mesmo-sexo



E se quiser saber mais sobre: "Você tem medo do novo, entre aqui" http://www.personare.com.br/revista/identidade/materia/1177/voce-tem-medo-do-novo?utm_source=MailingList&utm_medium=email&utm_content=dedebrasilia%40hotmail.com&utm_campaign=Newsletter+-+08/02/2011

Vale a pena.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

É errando que se aprende

"Então, muita calma nessa hora. Sem julgar ninguém, muito menos a si mesmo, o que de melhor podemos fazer é continuar na luta pelo aprendizado diário. E aprender com os erros é um caminho. Não o único, mas é uma oportunidade que não pode ser desperdiçada. O problema que resta (sempre há mais um) é discutir o que é certo ou errado".


Concordo plenamente com Mussak. 

A "Gaveta"

Uma história que extravasa amor. Uma história que possui comédia. Uma história que comprova que, realmente, o destino é preso no nosso pescoço quando nascemos.  Não é fácil conviver em casamento, em namoro, sempre temos nossos pontos baixos, altos e de explosão! Não obstante, já pensou como é amar alguém, porém não ficar junto com esse alguém, não por falta de sorte, ou porque o destino conspira contra, pelo o contrário, o destino favoreceu, e muito, que esse casal ficasse junto, mas só depois dos seus 60 anos que há o efetivo término da vida de ambos aos cabelos brancos de cada um. Mas agora estão terminando juntos!
Estava eu tomando um café, bem forte por sinal, acompanhado da presença de minha tia, a qual não é freqüente em casa, já que mora na Alemanha e de uma amiga da família, e olha que é daquelas amigas de anos, de geração presente mesmo, ou seja, histórias sobre as famílias, todos compartilhamos. E aí, em meio as conversas, uma chama minha atenção: essa amiga da família, Lissieux, conta do acidente que teve- nada grave, e sim, muito hilário. Pois bem, como qualquer dia, saiu do seu consultório onde trabalha como psicóloga, chamou um amigo que a companhasse e foram juntos de carro até a lotérica. Até aí, normal, até ela sair do carro, fechar a porta, e escorregar, e nisso, em meio a sua queda ela berra” Amo-o-o-o-o-o-o-o-o-r-r-r-r-r-r-r!!!”, eu nada bobo, pesquisei na mente, “amor? Desde quando ela namora ou é casada?”. Daqui começa nossa história de hoje.
- André, ixeeee, meu filho, história longa essa. Quer mesmo saber? Perguntou minha tia.
- Claro! Respondi corajoso.
E foi aí que minha tia, foi pra janela dos fundos da cozinha e ascendeu um cigarro, logo atrás, Lissieux foi ascender o dela, percebi então que ia ser mesmo uma história grande.  Bem, eu na cozinha, com as duas fumando, podia muito bem ir participar do fumódromo, como não fumo, fui lavar as louças do lanche.
            - Sabe André, conheci esse homem aos meus 9 anos, na escola. E sempre estive presente na vida dele, quanto ele na minha. Conheci ele por um acaso, e desde então esse acaso vem sendo bem freqüente. Começou a passar a história a limpa para mim.  
            - Quando menina, morava ali, na Asa Sul, estudava na escola classe ali ao lado, e lembro bem desse tempo, viu? Lembro muito bem de uma menina chata pra caralho, oh menina nojenta aquela. Enfim, nessa época, eu e o Fernando brincávamos na escola e eu tinha sim uma atração por ele, e ele por mim, visível. Até que um dia meus pais o conheceram, e veio a primeira surpresa: os meus pais já conheciam o menino, ela é filho de um amigo do meu pai, e quando éramos bebês, brincávamos juntos.
            - Nossa Lissieux, é para vocês se conhecerem mesmo, tava escrito! Disse fazendo uma alusão à novela “O Clone” e quase terminando de lavar a louça da pia, então comecei a ir mais devagar e procurar mais louça para lavar, por que, né? A história tava começando, se hoje ela tem 58 anos, e aí ela ainda estava com 9 anos. Imagina a situação.
            - Pois é André, nessa época éramos amigos, mais logo me mudei, outra quadra, outra  escola, então perdi o contato, disse ela sendo interrompida pela minha tia.
            - Primeira vez que perdem contato. Foi o que minha tia falou quando interrompeu. Eu não tinha entendido o que minha tia queria adicionar ali, porém nem me importei com aquilo e logo então a Lissieux continuou...
            - Quando entrei na Faculdade, comecei o meu curso, e logo então, veio os namorados, e aí, comecei o meu romance com o Victor, e logo em dois meses já estava casada e no terceiro mês, grávida. E aí, em uma saída com o Victor, esse meu marido encontra um rapaz, outro amigo dele, e me apresentou. Sabe, veio um momento de epifânia quando toquei na mão dele. Senti uma alegria, um calor misterioso, uma coisa que parecia mística e me perguntei, porque que esse homem faz minha pele se arregalar tanto assim? Sem saber continuei a ficar. Fui para  casa, pensando no homem. Dias dali, fui vê algumas fotos do Victor criança, e percebi que ele estudou na mesma escola que eu, na mesma idade e geração. Resolvi perguntar sobre isso, e daí, a surpresa, ele estudou lá na época mesmo, porém ele foi do 3º ano “B” e eu do “A”, mas não me lembrava dele, e aí nesse momento, começamos a falar da vida até que o assunto ficou nos amigos da escola, e ali ele disse que aquele rapaz que ele me apresentou na festa, era um dos colegas dele desde lá, da terceira série, e aí ele me mostrou a foto. André! Não podia ser engano, aquele menino ali na foto era o mesmo Fernando, certeza, E estava no canto da foto com uma menina sentada na frente dele, e olhei para aquela menina, e veio o ódio:
- Nossa, lembro dessa menina aqui na frente dele, e eu a odiava!
- Que engraçado, ela é a irmã do Fernando, disse o Victor sem perceber a raiva que a Lissieux ficou só de pensar na menina da foto.
Eu soltei uma risadinha, e percebi que a louça da pia tinha terminado, peguei então as panelas.
Continuou a Lissieux então.
- Agora tava explicado o porquê do meu calor todo pelo o rapaz, foi o meu primeiro amor!
Anos se passaram, minha filha já criança. E um dia fui almoçar em uma festa que um casal amigos estava oferecendo. Cheguei com minha filha e meu marido, e logo quando sento, quem vejo, o Fernando chegando com sua mulher e seus dois filhos. Ele logo me reconheceu, e veio me comprimentar, até que em um momento, quando a sós, ele me disse: não consigo parar de pensar em você, desde daquele dia que senti minha pele aquecendo o corpo todo com seu contato, disse o Fernando bem baixinho e bem ofegante.
- André, vi que o que ele estava para fazer era errado, e então resolvi falar uma desculpa para o Victor que precisava ir embora quando ele voltasse a mesa, e assim foi, fomos embora, mesmo sem saber de nada, Victor me levou para casa, mas não posso mentir à partir dali eu estava  conectada ao rapaz, ao movimento dele em minha mente, e todo vez que pensava nele, me tocando e falando perto de mim, sempre subia um calor enorme, um prazer bom de sentir.
- Bem, outra vez perdi o contato do rapaz, nem ele me procurou e nem fui procurar ele, mas como nem tudo na vida é pra sempre, resolvi terminar com o Victor, já não estava mais dando certo. Após o divorcio, eu conquistei um lugar pra viver e dar uma vida boa pra minha filha. E nisso, feliz, resolvi ir almoçar na rua, e quando chego no restaurante, quem senta na minha mesa, nada mais que ele, Fernando.
- Putts! Exclamei com força com minha cara de: não acredito!”
            - Realmente já estava escrito, né meu filho. Completou minha tia ao me ver com cara pasma.  
- André, quando ele disse que estava separado também, pronto, esperar pra quê? Lasquei uns beijos e fomos comemorar em um motel por aí. E claro, começamos a namorar. E a notícia se espalhou, logo Victor soube e a ex do Fernando também.
Minha tia começou a rir, e disse: conte a parte que a ex do Fernando te ligou quando você e o Fernando estavam no motel.
- Ahh, sim, continuou a rir com minha tia.
Lissieux então, sem demorar, disse rindo: André, acredita que ela me ligou e disse que naquele momento ela estava com o Victor em um motel, disse assim: oie, estou com seu marido. Eu respondi a ela: e eu com o seu, bom ele , né? E desliguei o telefone.
Nesse momento dei uma risada, e comecei a rir, compartilhando as alegrias dentro da cozinha, e aí, a louça tinha acabado, como desculpa, peguei as que estavam na máquina de lavar e comecei a lavar.
- Depois de uns tempos, o Fernando começou a falar em casamento. EU casar? De novo? Começar outra vida?! Não. Então, infelizmente o larguei. Mesmo sofrendo com a saudade. Disse Lissieux bem desconformada.
- André, os anos se passaram, e eu encontrei o Victor em um a noitada em um bar com os amigo. Sabe aquela recaída pelo o ex, pois é, não foi diferente, ele tava solteiro mesmo. Fomos terminar a noite, em outro motel.
- Pronto, não bastou dois dias, começamos a namorar outra vez, Victor e eu. Nesse momento estava de mudança de consultório, e fiz novas amizades, e uma delas foi a Edna, uma pessoa amiga, boa e bem divertida. Em um dos momentos com a Edna, ela me chamou para ir em uma festa que a prima iria fazer. Claro que fui. Mas quando cheguei lá, sentei, e peguei minha coca, e alguns minutos depois, Fernando aparece com uma nova mulher e 5 filhos, dois conhecia, agora ele tem mais três. E, bem surpreso, ele me olha e fala: “oi”. Como ele teria chegado aqui? Por quê? Então, a prima da Edna, era nada mais que aquela menina nojenta da escola. E em um dos estantes, o Fernando conseguiu ficar a sós comigo, e aí ele solta: não fuja, fica comigo, é impossível te esquecer! E enquanto ele falava, sua mãe subia na minha, aquela mesma sensação quente, gostosa, voltara. Entrei em pânico, corri da festa o mais rápido possível.  
- Nossa Lissieux, é armação, é? Disse eu assustado com esses encontros.
- Parece, né? Mas não era, afirmou ela com sagacidade.
- logo então continuei minha vida, pensando naquele ultimo reencontro com Fernando. E sem querer, eu percebi que ele trabalhava perto de mim, e em um dia desses, vi ele passando. Não agüentei, mesmo namorando o Victor, precisei do Fernando. Ele, lógico, aceitou. Foi certo, comecei a namorar com os dois. Mas não durou muito, porque os dois começaram a falar de casamento. Qual é desses homens? Desistir dos dois, sumiço geral, outra vez.
- Nossa, que vida agitada essa, como assim? Lissieux é mesmo pra você ficar com ele, esse Fernando precisa de você, tadinho dele. Argumentei com pena do cara.
- André, não demorou muito, minha mãe teve o câncer, se lembra? Perguntando com um olhar apontado para mim, pois mais triste de lembranças dolorosas. Respondi que sim. Então ela continuou: nessa época, fiquei péssima, triste. Não agüentava, até que precisei da força de um alguém, não deu outra, procurei o Fernando. Ele que me erguei, ele que não me deixou cair pela morte da minha mãe, ele que me ajudou e suportou aquela minha dor. Eu muito grata, queria ele, e ainda quero. Ele realmente sabe me entender, cuidar de mim. Agora é minha vez, eu quero mesmo casar com ele. Ele aceitou, mas só caso com uma condição, quando ele arrumar emprego e se livrar da esposa.
- E o que falta? Perguntei indignado.
- Sabe, ele é desempregado, não tenho como sustentar ele, e minha filha, infelizmente. E ainda tenho minhas dívidas dos tratamentos de minha mãe. E a esposa dele sabe que a gente se encontra sempre, mas ela não pode tirar ele de casa, porque a casa é dele. E ela não pode sair, porque ela estar mais endividada que tudo. Então fica nessa situação chata, e bem desconfortável. E ele não pode simplesmente dispensar a mulher, mãe de seus filhos assim. Então, estou esperando ele vivendo a minha vida e sendo feliz. Realmente só falta isso e aí sim, a gente casa, e fica velhos juntos, É esse nosso plano.
- E aí? E o ciúme dele em relação a outro homem? Disse eu com quem não quer mais nada.
- Sabe, ele tem. Ele vive dizendo que eu o coloco numa gaveta nos finais de semana, já que dia de semana eu preciso trabalhar. E quando vou curtir, não é sempre com ele. Até ele se resolver. Guardo-o na gaveta mesmo, mas na gaveta do meu coração. Ela finaliza a história.

Isso sim é o destino galera. É isso, quando escrito, nada podemos fazer, só aceitar e pronto.